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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

11 de Setembro (Por: Riselda Morais)

Para uns, era apenas uma viagem;
para outros o começo de um dia de trabalho
em tempos comuns e com muito apreço,
a vida seguia seu curso,
até que o avião mudou o percurso
e nada mais era normal,
conspirado por um homem mal,
executado o plano do terror.
Como uma agulha perfurando um papel,
o avião cruzou o céu
e colidiu na primeira torre,
não passara o susto de quem viu,
um segundo avião eis que surgiu
e foi de encontro com a segunda torre;
um segundo estrondo se ouviu,
uma cena terrível se assistiu,
o ruir das gêmeas torres;
Via-se labaredas,
fumaça,
destruição...
Ouvia-se choro,
desespero,
lamentação
e no fim ao olhar para os escombros
a esperança de que restasse
uma fagulha de vida a ser salva
ainda era mais forte que o desespero e a surpresa.
Naquela manhã,
todos os povos olhavam na mesma direção;
uns entre lágrimas, outros em oração
e o terror que tanto destruiu,
naquele dia também ele uniu,
o mundo inteiro em um só coração,
dividindo a dor, o medo, a indignação;
Na admiração a ação do bombeiro,
que apesar de ter sido tão guerreiro,
foi fagulha que também se apagou,
mais de três mil vozes na terra se calaram
no céu como estrelas já brilharam,
e a tristeza por aqui reinou.
Meus olhos
fixaram naquela imagem,
custaram a acreditar
Minha voz
presa a garganta
Tentei falar,
saiu apenas um soluçar
As lágrimas
rolavam em meu rosto
Minhas mãos
trêmulas
Meus pensamentos:
Lá...
E meu coração
aflito,
Dilacerado
com tamanha dor!

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