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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Canarinho (Por:Riselda Morais)



Em casa, em Vila Matilde
Um pedacinho do mundo
De um sono profundo
Por ele eu fui despertada


Despertei encantada
Mas que linda melodia
O dia ainda nascia
O sol brilhante raiava


Enquanto eu acordava
Com o cantar do canarinho
Sorria e admirava,
levantei devagarzinho


Tão lindo ele cantava
E dançava em um pé só
Virava e me olhava
Nem ligava para o jiló


É a natureza nas casas
O canário erguia as asas
Estava longe do chão
Com alegria cantava


Eu o quis pegar na mão

Porém eu não poderia
Tampouco, ele sabia
De sua triste missão


Nascido em uma gaiola
A alegrar meu coração
Lamentei por seu destino
Filho da escravidão


Desejei naquela hora
Dar-lhe a libertação
Mas livre, não viveria
A tudo desconhecia


Vivendo com alegria
Dentro de uma cidade
Cruel naquele momento
Era dar-lhe a liberdade!

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