Aprendi com a natureza
que não devo querer mudá-la,
apenas a aceitar como ela se fez,
tão bela, poderosa e dona de si.
Que não devo reclamar, nem a agredir,
mas cuidar, proteger e perceber
que a sua forma de agradecer
é devolvendo generosamente
tudo que lhe é oferecido,
tivesse eu, no inverno ido cultivar uma rosa,
na primavera dez rosas ela teria devolvido.
Aprendi com o outono,
que as plantas, assim como os homens;
nascem, crescem, reproduzem-se e morrem
para dar lugar a novas árvores, cujas folhas caem
para o brotar de outras mais saudáveis
na próxima estação,
assim como elas, devemos aceitar a morte
como o renascer para uma nova vida,
o transcender a um novo mundo.
Aprendi com o inverno
que o frio e a neblina
são como as lágrimas e a tristeza;
o frio precisa ser sentido
e a neblina (orvalho) derramada,
pois são preparações fortalecedoras
para o brotar das plantas,
assim como quando acaba-se a tristeza
e secam-se as lágrimas faz-se presente à alegria.
Aprendi com a primavera
que as flores são a natureza em festa,
o canto das aves a sinfonia da vida,
exuberante e plena dádiva por Deus oferecida,
como a felicidade se por nós é dividida.
Aprendi com o verão,
que o sol é uma libertação,
que aquece a terra
tanto quanto a paixão
aprisiona o coração.
Aprendi com o luar
que a vida é cheia de fazes:
Na Crescente está o despertar,
desenvolver, o descobrir e o aceitar.
Na Cheia o amadurecer, o querer,
o ter, o ser, o trabalhar e o admirar;
Na Minguante o parar, o acomodar,
se orgulhar, esnobar, humilhar,
o criticar e o rejeitar;
Mas a Nova vem como um recomeçar
com consciência, experiência
e novos sonhos a realizar.
Aprendi com a noite que muitas vezes
é preciso estar sozinha na escuridão
para poder ver e perceber o que na claridade
não conseguia enxergar.
Aprendi com o dia que cada amanhecer
é uma nova oportunidade, uma alegria que devo agradecer
por tudo que me foi concedido, principalmente por estar viva
e viver com a certeza que cada minuto é um aprendizado
que não deve ser desperdiçado.
Aprendi com a vida que não devo buscar incessantemente
a felicidade nas causas externas, nem nas grandes coisas,
lá fora... é que em bendita hora descobri,
onde ela mora e, segui o caminho da simplicidade.
Amando sem exigir ser amada é que fui mais amada;
valorizando cada momento e dando um passo firme por vez
descobri que os obstáculos do caminho não estão ali para
serem removidos, mas sim, para serem superados,
foi aí que encontrei a felicidade aqui do lado,
bem dentro do meu coração.
“Quando quiser encontrar a felicidade,
procure-a dentro de si mesmo,
é o caminho mais curto,
o mais certo e o mais perfeito”.
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